Categoria: Recrutamento

Por que a investigação em tecnologia precisa de uma rede de utilizadores

Uma rede de utilizadores é um grupo de pessoas que concordaram em participar regularmente em estudos sobre o utilizador. Isso permite que os investigadores tenham acesso a utilizadores representativos de um grupo-alvo de uma tecnologia em desenvolvimento. O recrutamento de utilizadores torna-se muito mais rápido e fácil para os investigadores. O Fraunhofer Portugal AICOS tem a sua própria rede de utilizadores. Uns praticam Tai-Chi, outros preferem jogar cartas, uns têm os mais recentes gadgets, outros mantêm-se fiéis ao telemóvel tradicional, há os que cuidam dos netos e da casa e aqueles que não perdem uma oportunidade de viajar. É esta diversidade que torna a nossa rede de utilizadores tão especial. Obtemos diferentes perspetivas que incorporamos para criar tecnologia verdadeiramente significativa para as pessoas.

Consentimento informado em investigação

Quem participa nas nossas atividades já conhece. É o momento em que informamos os participantes sobre a atividade, explicando em que consiste (um questionário, um teste de usabilidade, uma entrevista), qual o objetivo e a finalidade, assim como o enquadramento no projeto em que se insere. Os participantes ficam assim com informação sobre a atividade, podendo então decidir livremente se querem participar. Explicamos e respondemos a dúvidas ou questões e fornecemos um documento em papel, que assinam, e a pessoa responsável pelo projeto assina também. 

Testes de usabilidade: 3 razões para participar

Os testes de usabilidade são cruciais no processo de desenvolvimento de uma aplicação para dispositivos móveis ou de um website. Para os participantes, também há benefícios. Aqui está o nosso top 3 de benefícios para o participante.

  • 1 – Ser o primeiro a experimentar tecnologia

Participar em testes de usabilidade permite-lhe descobrir aplicações e websites antes de estarem disponíveis para o público. E isso é muito divertido!

  • 2 – Poder expressar a sua opinião

Todos gostamos que a nossa opinião seja ouvida. Num teste de usabilidade, os investigadores vão pedir-lhe para falar dos aspetos de que mais gosta na aplicação e também dos aspetos de que menos gosta. E, acredite, os investigadores estão mesmo interessados em saber aquilo que pensa. Isto porque as dificuldades que encontrar ao usar a app ou navegar no website vão poder ser resolvidas, para que tenham muito mais qualidade quando chegarem às mãos do público.

  • 3 – Fazer parte da inovação tecnológica

A sua opinião ajuda a moldar a tecnologia do futuro. Vai certamente achar muito enriquecedor ajudar a melhorar soluções na área do bem-estar, saúde, segurança, agricultura, comércio, energia, qualidade de vida no envelhecimento e tecnologia para as comunidades.

Para participar, basta inscrever-se aqui. Quando um estudo estiver disponível, iremos convidá-lo por telefone ou email.

3 estratégias para gerir melhor um living lab

Envolver utilizadores de forma ativa e contínua é essencial para manter uma rede de utilizadores que apoia projetos de investigação. Quando um projeto identifica a necessidade de utilizadores, quer seja para realizar investigação sobre o utilizador ou testes de usabilidade de aplicações móveis inovadoras de sáude e bem-estar, o COLABORAR deve prontamente fornecer participantes. Frequentemente, recrutamos o mesmo utilizador múltiplas vezes, se ele/ela cumprirem os critérios de inclusão. As estatísticas do nosso living lab mostram que cada participante participou em média 2,7 vezes em atividades de investigação, desde o início do COLABORAR, em novembro de 2011. Isto implica que sejamos capazes de manter os utilizadores na rede e é também um dos maiores desafios de gerir um living lab.

Ao longo dos últimos 8 anos experimentámos e melhorámos algumas estratégias. Aqui estão algumas lições que nos ajudaram a manter os voluntários “ativos”, ou seja, recetivos a serem convidados a participar.

1 – Mostrar apreço pelo seu contributo na investigação

2 – Manter contacto

3 – Construir confiança

Estamos certos de que estas dicas vão ajudá-los a gerir com sucesso um living lab.

Tempo de festejar

O COLABORAR celebrou  8 anos de existência do Living Lab do Fraunhofer AICOS com a organização de um convívio social. Voluntários, investigadores e a coordenadora do COLABORAR discutiram juntos as atividades em curso e os aspetos positivos e negativos.

Ao longo dos últimos 8 anos, com a ajuda dos voluntários, maioritariamente do Porto, o COLABORAR suportou mais de 3000 atividades de investigação. Muitas pessoas contribuiram com o seu tempo permitindo aos investigadores recolher a opinião dos utilizadores aceca de tecnologias inovadoras de auto-cuidado e bem-estar. Fundamentalmente, os voluntários tornaram possível um ambiente de discussão, partilha e convívio, promovendo assim a compreensão acerca de como os idosos vivem, assim como os seus hábitos e dificuldades.

 

 

8 anos de COLABORAR

Este mês celebramos o 8.º aniversário do COLABORAR, assinalando o 8.º ano do COLABORAR enquanto rede de utilizadores que reúne investigadores e utilizadores.

Ao celebrarmos 8 anos é inevitável recordar o início de novembro de 2011, quando estávamos a preparar-nos para iniciar o projeto no Porto. Preparámos o trabalho administrativo relativo  aos procedimentos para cumprir com os regulamentos e boas práticas de investigação. Os aspetos práticos relacionados com visitas de participantes, tais como transporte, espaço e horários adequados aos seniores foram também organizados. Procurámos e contactámos instituições locais de caráter social, propondo que fizessem parte de um projeto inovador que iria promover o contacto de investigadores de tecnologia e idosos. O objetivo era recolher dados acerca dos seus hábitos ou necessidades, explorar ideias e avaliar protótipos com utilizadores representativos.

Recrutar idosos maioritariamente vulneráveis à exclusão digital ou com reduzida confiança na utilização de tecnologia foi um desafio. Contudo, esses idosos estavam disponíveis para ouvir a nossa proposta de investigação e depois decidiram participar. Utilizadores experientes em tecnologia juntaram-se ao projeto à medida que smartphones e tablets se tornavam mais acessíveis. As necessidades dos projetos e os seus critérios de inclusão conduziram-nos a estabelecer mais parcerias. O formulário online permitiu que instituições mais distantes geograficamente também integrassem a rede. Isto resultou num banco de 1100 participantes.

O COLABORAR teve sucesso para além das nossas expectativas. Vamos celebrar a rede de utilizadores COLABORAR e os objetivos conseguidos. Em nome de toda a equipa, obrigado a todos os que se juntaram a este projeto ao longo dos últimos 8 anos. Cada um contribuiu para o nosso grande objetivo:

Compreender as pessoas para criar tecnologia.

Como recrutar participantes em 4 passos

Vamos partilhar os passos que seguimos quando preparamos o recrutamento de participantes para investigação em sessões de usabilidade. O recrutamento de participantes pode ser difícil, especialmente para um investigador que está a iniciar atividades de Design Centrado em Humanos, por isso partilhamos algumas coisas que fazemos sempre para tornar o recrutamento efetivo e mais fácil.

Estes são os 4 passos:

1 – Definir os utilizadores

As características dos utilizadores dependem do contexto do estudo e do público-alvo da tecnologia em estudo. Por exemplo, pode precisar de seniores ativos que ainda estão envolvidos em atividades físicas e sociais e que estão à vontade com tecnologia. Ou pode ser útil receber a perspetiva de idosos que não usam tecnologia.

2 – Planear os materiais a usar nos testes

Os materiais que está a planear usar numa sessão de usabilidade com utilizadores para estes interagirem devem ser tidos em consideração quando se está a recrutar os participantes. Os protótipos em papel são uma boa opção para usar com utilizadores que não estão à vontade com tecnologia porque eliminam a barreira de usar um smartphone ou um tablet. Desta forma, os participantes serão capazes de se concentrarem na compreensão do workflow e de se focarem nas tarefas. Por outro lado, quando está a preparar um teste de usabilidade na fase de validação da tecnologia e por isso protótipos mais funcionais e interativos devem ser usados, são necessários utilizadores proficientes.

3 – Contextualizar

Explicar sucintamente o objetivo do projeto, bem como os materiais a usar, dia, hora e duração da sessão é muito importante quando se convida um potencial participante. Estas informações permitem-lhe ter uma visão geral sobre o âmbito da investigação, por que são necessários testes e o que o investigador espera dele ou dela. Tenha em atenção que deverá realçar que não existem boas ou más respostas, apenas necessita da sua opinião.

4 – Prestar atenção aos feriados nacionais e épocas festivas

Os idosos frequentemente tiram mini-férias e retiros para o campo, habitualmente por altura de um feriado, fim-de-semana ou época festiva, para que possam passar tempo com familiares que ainda trabalham. Por essa razão, não é boa ideia agendar sessões de teste nestes períodos. Adapte a sua agenda à disponibilidade dos participantes e apresente várias opções de calendário.

Estes são conselhos práticos que pode usar no próximo recrutamento de participantes para uma sessão de usabilidade. Diga-nos se os achou úteis, através do nosso formulário de contacto.

Cidadãos seniores como parceiros

Num centro de investigação onde se desenha e desenvolve tecnologia para cidadãos seniores, incluí-los no processo de investigação é essencial para produzir tecnologia inovadora para o bem-estar e a qualidade de vida dos seniores.

O Living Lab COLABORAR da Fraunhofer Portugal AICOS aproxima investigadores e seniores, promovendo a interação entre eles através de parcerias com organizações da comunidade. Centros de dia, juntas de freguesia, residenciais para pessoas idosas, entre outras, aderiram a esta iniciativa. O Living Lab dá voz aos seniores e facilita a integração das suas preferências na tecnologia que visa responder às suas necessidades. Desta forma, pretende-se que a tecnologia do futuro seja companheira dos seniores e uma ferramenta verdadeiramente fácil de utilizar. Investigadores e cidadãos seniores estão a construir tecnologia que no futuro irá permitir aos mais idosos manterem-se autónomos e participativos na esfera familiar e social.

São mais de 1000 cidadãos que fazem parte do Living Lab COLABORAR. Quem quiser juntar-se a este grupo, pode inscrever-se aqui.

Voluntariado científico

Tenha 18 ou 80 anos de idade, faça parte da inovação.

O COLABORAR promove uma abordagem de investigação que junta cientistas e partes interessadas que têm conhecimento sobre um assunto particular. Pode ser na área da assistência social, serviços de saúde, transportes públicos ou planeamento urbano. De acordo com isso, educadores e assistentes sociais, profissionais de saúde, especialistas em envelhecimento e cidadãos são encorajados a envolverem-se em ciência. É tão simples como partilhar necessidades, prioridades e preferências.

As organizações internacionais recomendam este modelo de investigação colaborativo, com o objetivo de melhorar os resultados. Estamos certos de que a nossa investigação tem mais valor porque inclui as preocupações de doentes, profissionais e utilizadores.

Faça parte desta iniciativa e influencie a investigação que fazemos. Molde as tecnologias e os serviços tecnológicos que vai utilizar. A sua opinião é importante. Para participar voluntariamente em investigação, preencha o formulário de contacto.

3000 sessões de investigação e teste com utilizadores

Estamos felizes por ter chegado ao objetivo de 3000 sessões de investigação e teste com utilizadores!

Nos últimos 7 anos e meio, o COLABORAR suportou 3000 atividades de investigação e teste com utilizadores. Recolha de requisitos, entrevistas, diários, testes de protótipos, classificação de cartões, grupos focais, testes de usabilidade presenciais, questionários e estudos-piloto são as atividades realizadas.

A equipa do COLABORAR não poderia estar mais satisfeita. Durante este tempo, aprendemos muitas coisas relacionadas com o recrutamento de pessoas para investigação e teste, assim como sobre a realização de atividades de investigação com utilizadores. Para os próximos anos, esperamos duplicar este número!