Categoria: Estudos de usabilidade

COLABORAR participa em grupo de discussão

O Fraunhofer Portugal AICOS liderou o PortoPilot, um projeto que incluiu a realização de grupos de discussão com idosos para identificar as suas necessidades diárias que podem ser resolvidas com soluções digitais. Fez também parte deste estudo a realização de um piloto com as tecnologias identificadas para capacitar os seniores e promover o seu bem-estar.

Neste âmbito, o Fraunhofer Portugal AICOS realizou um focus group para compreender os interesses dos seniores e as suas atitudes face à tecnologia. A nossa equipa de investigadores distribuiu smartphones e ensinou-os a utilizar algumas tecnologias, como o Whatsapp, jogos, YouTube e outros processos que os interessasse. 10 idosos da rede COLABORAR participaram no projeto-piloto.

A nossa equipa realizou estes grupos de discussão para avaliar as necessidades dos utilizadores, selecionar soluções, instalar as tecnologias necessárias e prestar apoio durante o piloto.

O objetivo era recolher e analisar dados sobre a experiência dos idosos na utilização destas tecnologias. O PortoPilot terminou em dezembro de 2023.

Rede COLABORAR ajuda a criar tecnologia para pessoas com demência

Recentemente arrancou mais um projeto do Fraunhofer Portugal AICOS: AUTONONOUS. Trata-se de um sistema de Inteligência Artificial (IA) que pode ser integrado em tecnologias já existentes, como os smartwatches, para ajudar as pessoas com demência a realizar atividades do seu dia-a-dia e prolongar a vida independente em casa.

O projeto envolve atividades de co-design e testes de usabilidade da tecnologia. Mais uma vez,  a rede de voluntários do Fraunhofer Portugal AICOS – COLABORAR – será fundamental nesse sentido. Ao longo do projeto AUTONOMOUS e do desenvolvimento das soluções propostas haverá um trabalho contínuo e de proximidade entre os investigadores e pessoas com demência e seus cuidadores, sejam eles familiares, técnicos ou auxiliares das instituições.

Esta solução, proposta pelo Fraunhofer Portugal AICOS em parceria com a Carnegie Mellon University e a LUCA School of Arts foi selecionada como um dos vencedores semi-finalistas do Prémio Longitude sobre Demência.

Cada um dos 24 semi-finalistas recebe 80 mil libras como parte do Prémio Longitude para a Demência, no valor global de 4 milhões de libras, que promove a co-criação de tecnologias personalizadas para ajudar as pessoas que vivem com demência a desfrutarem de uma vida independente e plena. O Prémio Longitude para a Demência é financiado pela Alzheimer’s Society e pela Innovate UK e é realizado pela Challenge Works.

Por que a investigação em tecnologia precisa de uma rede de utilizadores

Uma rede de utilizadores é um grupo de pessoas que concordaram em participar regularmente em estudos sobre o utilizador. Isso permite que os investigadores tenham acesso a utilizadores representativos de um grupo-alvo de uma tecnologia em desenvolvimento. O recrutamento de utilizadores torna-se muito mais rápido e fácil para os investigadores. O Fraunhofer Portugal AICOS tem a sua própria rede de utilizadores. Uns praticam Tai-Chi, outros preferem jogar cartas, uns têm os mais recentes gadgets, outros mantêm-se fiéis ao telemóvel tradicional, há os que cuidam dos netos e da casa e aqueles que não perdem uma oportunidade de viajar. É esta diversidade que torna a nossa rede de utilizadores tão especial. Obtemos diferentes perspetivas que incorporamos para criar tecnologia verdadeiramente significativa para as pessoas.

Consentimento informado em investigação

Quem participa nas nossas atividades já conhece. É o momento em que informamos os participantes sobre a atividade, explicando em que consiste (um questionário, um teste de usabilidade, uma entrevista), qual o objetivo e a finalidade, assim como o enquadramento no projeto em que se insere. Os participantes ficam assim com informação sobre a atividade, podendo então decidir livremente se querem participar. Explicamos e respondemos a dúvidas ou questões e fornecemos um documento em papel, que assinam, e a pessoa responsável pelo projeto assina também. 

Testes de usabilidade: 3 razões para participar

Os testes de usabilidade são cruciais no processo de desenvolvimento de uma aplicação para dispositivos móveis ou de um website. Para os participantes, também há benefícios. Aqui está o nosso top 3 de benefícios para o participante.

  • 1 – Ser o primeiro a experimentar tecnologia

Participar em testes de usabilidade permite-lhe descobrir aplicações e websites antes de estarem disponíveis para o público. E isso é muito divertido!

  • 2 – Poder expressar a sua opinião

Todos gostamos que a nossa opinião seja ouvida. Num teste de usabilidade, os investigadores vão pedir-lhe para falar dos aspetos de que mais gosta na aplicação e também dos aspetos de que menos gosta. E, acredite, os investigadores estão mesmo interessados em saber aquilo que pensa. Isto porque as dificuldades que encontrar ao usar a app ou navegar no website vão poder ser resolvidas, para que tenham muito mais qualidade quando chegarem às mãos do público.

  • 3 – Fazer parte da inovação tecnológica

A sua opinião ajuda a moldar a tecnologia do futuro. Vai certamente achar muito enriquecedor ajudar a melhorar soluções na área do bem-estar, saúde, segurança, agricultura, comércio, energia, qualidade de vida no envelhecimento e tecnologia para as comunidades.

Para participar, basta inscrever-se aqui. Quando um estudo estiver disponível, iremos convidá-lo por telefone ou email.

Recolha de dados laboratorial

O projeto COTIDIANA pretende desenvolver uma solução móvel que permita a recolha de dados de pessoas com doenças reumáticas. Em linha com esse objetivo, uma equipa do FhP-AICOS tem vindo a realizar algumas entrevistas e testes de usabilidade com pacientes (alguns deles da rede COLABORAR).

O objetivo é compreender o contexto da doença e suas limitações para os pacientes. Além disso, com os testes de usabilidade, o objetivo é reunir feedback dos utilizadores, ajudando os investigadores a implementar uma solução mais eficiente e precisa. Os voluntários eram dos centros de dia ADARSOL.

AnathemaServices: design research para lidar com temas tabu

A desenvolver a sua tese de mestrado – AnathemaService – no Fraunhofer Portugal AICOS, Diogo Coutinho está a explorar métodos de design research para lidar com temas tabu como, por exemplo, a sexualidade. Neste sentido, e de forma a preparar a entrada no mercado da aplicação Anathema, foram organizados três workshops com 11 participantes. Estas sessões pretendem ajudar a entender o que as pessoas valorizam num produto, tornando-se uma ferramenta valiosa na definição da customer journey. Em cada sessão foi solicitado aos participantes (voluntários da rede COLABORAR) que executassem várias tarefas, permitindo compreender os serviços e funcionalidades mais valorizados.

“Para enfrentar o problema do estigma, os designers precisam de trabalhar diretamente com os tópicos estigmatizantes que afetam os utilizadores, o que é difícil, uma vez que algumas das metodologias usadas são inapropriadas. O AnathemaService pretende contribuir com novas estratégias para lidar com estigma em atividades de investigação em design”, esclarece Diogo Coutinho.

Rede COLABORAR está de volta… e com um novo espaço de cocriação!

Após mais de dois anos de distanciamento social, a rede COLABORAR está de volta!

Como forma de retomar os testes de usabilidade, presencialmente, foi realizada uma sessão no novo espaço de cocriação do FhP-AICOS. Este espaço é agora dedicado a testes de usabilidade com utilizadores finais, como aconteceu recentemente no âmbito do projeto Anathema.

Numa sessão realizada com 4 utentes (2 casais), um dos parceiros do projeto, SexLab, moderou a primeira parte, um focus group com seniores sobre questões importantes da vida íntima e sexual na idade adulta.

Na segunda parte, o FhP-AICOS moderou um workshop de co-design em que os seniores deram o seu feedback relativamente às ilustrações a utilizar na aplicação, bem como a excertos de textos que foram criados para o programa.

A primeira de muitas sessões a serem realizadas neste espaço!

O Anathema é um projeto europeu para a promoção da saúde sexual, coordenado pelo centro de investigação Fraunhofer Portugal AICOS (FhP-AICOS) que visa desenvolver uma plataforma digital e uma aplicação móvel como forma de implementar programas de promoção da saúde sexual, de acordo com um plano definido em conjunto com psicólogos e terapeutas. O projeto Anathema tem como foco o acompanhamento da sexualidade em adultos com mais de 55 anos e com doenças crónicas.

Diretrizes para estudos longitudinais

Em 2019, a nossa equipa de HCD, com uma vasta experiência em estudos longitudinais, publicou o artigo intitulado “Challenges and Lessons Learned from Implementing Longitudinal Studies for Self-care Technology Assessment”. Agora, e com base nesse artigo, os nossos especialistas prepararam um resumo, com algumas dicas e conselhos sobre como realizar um estudo longitudinal.  

Clique aqui para aceder o documento.


3 estratégias para gerir melhor um living lab

Envolver utilizadores de forma ativa e contínua é essencial para manter uma rede de utilizadores que apoia projetos de investigação. Quando um projeto identifica a necessidade de utilizadores, quer seja para realizar investigação sobre o utilizador ou testes de usabilidade de aplicações móveis inovadoras de sáude e bem-estar, o COLABORAR deve prontamente fornecer participantes. Frequentemente, recrutamos o mesmo utilizador múltiplas vezes, se ele/ela cumprirem os critérios de inclusão. As estatísticas do nosso living lab mostram que cada participante participou em média 2,7 vezes em atividades de investigação, desde o início do COLABORAR, em novembro de 2011. Isto implica que sejamos capazes de manter os utilizadores na rede e é também um dos maiores desafios de gerir um living lab.

Ao longo dos últimos 8 anos experimentámos e melhorámos algumas estratégias. Aqui estão algumas lições que nos ajudaram a manter os voluntários “ativos”, ou seja, recetivos a serem convidados a participar.

1 – Mostrar apreço pelo seu contributo na investigação

2 – Manter contacto

3 – Construir confiança

Estamos certos de que estas dicas vão ajudá-los a gerir com sucesso um living lab.