Categoria: Entrevistas

Um bocadinho do nosso novo projeto

Estamos muito contentes pela aprovação do projeto PortoPilot, coordenado por uma colega do grupo de Desenho Centrado em Humanos, financiado no tópico “Desafios do Porto”.

O projeto PortoPilot tem como principal objetivo combater a solidão das pessoas mais velhas através da sua capacitação para o uso das novas tecnologias. O projeto inclui focus groups (discussões em grupo) para aferir as necessidades dos participantes no que toca à interação com tecnologia (principais dificuldades, motivação e interesse) de forma que os investigadores possam identificar as tecnologias e soluções apropriadas para cada pessoa. Após esta fase de investigação inicial, os investigadores facultarão a cada pessoa a tecnologia que se concluiu ser mais apropriada (smartphone, tablet, pulseira de atividade) assim como as aplicações que permitirão o melhor uso dessa tecnologia, de entre aplicações desenvolvidas pelo Fraunhofer Portugal AICOS, ou aplicações já disponíveis gratuitamente no mercado. Será dada uma formação inicial a cada participante (ou grupo de participantes). Durante o decorrer do piloto serão feitas visitas periódicas de acordo com a disponibilidade e necessidades dos participantes. Durante estas visitas serão esclarecidas quaisquer dúvidas que surjam, serão levados tópicos para discussão relacionados com tecnologia ou serão promovidas sessões de formação sobre vários tópicos relacionados também com o uso de tecnologia. No final do piloto serão realizadas entrevistas com os participantes para recolher informação sobre a sua experiência durante o piloto e as suas impressões sobre a utilização da tecnologia, vantagens e dificuldades. 

O piloto decorrerá no Porto e os utilizadores do COLABORAR vão beneficiar deste acompanhamento personalizado do uso de tecnologia. Estamos prontos para começar.

Por que a investigação em tecnologia precisa de uma rede de utilizadores

Uma rede de utilizadores é um grupo de pessoas que concordaram em participar regularmente em estudos sobre o utilizador. Isso permite que os investigadores tenham acesso a utilizadores representativos de um grupo-alvo de uma tecnologia em desenvolvimento. O recrutamento de utilizadores torna-se muito mais rápido e fácil para os investigadores. O Fraunhofer Portugal AICOS tem a sua própria rede de utilizadores. Uns praticam Tai-Chi, outros preferem jogar cartas, uns têm os mais recentes gadgets, outros mantêm-se fiéis ao telemóvel tradicional, há os que cuidam dos netos e da casa e aqueles que não perdem uma oportunidade de viajar. É esta diversidade que torna a nossa rede de utilizadores tão especial. Obtemos diferentes perspetivas que incorporamos para criar tecnologia verdadeiramente significativa para as pessoas.

Consentimento informado em investigação

Quem participa nas nossas atividades já conhece. É o momento em que informamos os participantes sobre a atividade, explicando em que consiste (um questionário, um teste de usabilidade, uma entrevista), qual o objetivo e a finalidade, assim como o enquadramento no projeto em que se insere. Os participantes ficam assim com informação sobre a atividade, podendo então decidir livremente se querem participar. Explicamos e respondemos a dúvidas ou questões e fornecemos um documento em papel, que assinam, e a pessoa responsável pelo projeto assina também. 

Recolha de dados laboratorial

O projeto COTIDIANA pretende desenvolver uma solução móvel que permita a recolha de dados de pessoas com doenças reumáticas. Em linha com esse objetivo, uma equipa do FhP-AICOS tem vindo a realizar algumas entrevistas e testes de usabilidade com pacientes (alguns deles da rede COLABORAR).

O objetivo é compreender o contexto da doença e suas limitações para os pacientes. Além disso, com os testes de usabilidade, o objetivo é reunir feedback dos utilizadores, ajudando os investigadores a implementar uma solução mais eficiente e precisa. Os voluntários eram dos centros de dia ADARSOL.

Diretrizes para estudos longitudinais

Em 2019, a nossa equipa de HCD, com uma vasta experiência em estudos longitudinais, publicou o artigo intitulado “Challenges and Lessons Learned from Implementing Longitudinal Studies for Self-care Technology Assessment”. Agora, e com base nesse artigo, os nossos especialistas prepararam um resumo, com algumas dicas e conselhos sobre como realizar um estudo longitudinal.  

Clique aqui para aceder o documento.


3 estratégias para gerir melhor um living lab

Envolver utilizadores de forma ativa e contínua é essencial para manter uma rede de utilizadores que apoia projetos de investigação. Quando um projeto identifica a necessidade de utilizadores, quer seja para realizar investigação sobre o utilizador ou testes de usabilidade de aplicações móveis inovadoras de sáude e bem-estar, o COLABORAR deve prontamente fornecer participantes. Frequentemente, recrutamos o mesmo utilizador múltiplas vezes, se ele/ela cumprirem os critérios de inclusão. As estatísticas do nosso living lab mostram que cada participante participou em média 2,7 vezes em atividades de investigação, desde o início do COLABORAR, em novembro de 2011. Isto implica que sejamos capazes de manter os utilizadores na rede e é também um dos maiores desafios de gerir um living lab.

Ao longo dos últimos 8 anos experimentámos e melhorámos algumas estratégias. Aqui estão algumas lições que nos ajudaram a manter os voluntários “ativos”, ou seja, recetivos a serem convidados a participar.

1 – Mostrar apreço pelo seu contributo na investigação

2 – Manter contacto

3 – Construir confiança

Estamos certos de que estas dicas vão ajudá-los a gerir com sucesso um living lab.

Dia Mundial da Usabilidade 2019

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Usabilidade 2019.

Felicitamos todos os profissionais que trabalham na área dos estudos de usabilidade. Quer trabalhem com objetos como mesas ou carros, ou trabalhem com software para computador, TV, telemóvel ou tablet, desempenham um trabalho muito importante, pois os seus métodos de estudo permitem que os utilizadores tenham boas experiências de utilização dos dispositivos.

Na Fraunhofer Portugal AICOS, há uma equipa inteira dedicada a estes estudos. São engenheiros, designers e outros profissionais a trabalhar na equipa de Design Centrado em Humanos.

Voluntariado científico

Tenha 18 ou 80 anos de idade, faça parte da inovação.

O COLABORAR promove uma abordagem de investigação que junta cientistas e partes interessadas que têm conhecimento sobre um assunto particular. Pode ser na área da assistência social, serviços de saúde, transportes públicos ou planeamento urbano. De acordo com isso, educadores e assistentes sociais, profissionais de saúde, especialistas em envelhecimento e cidadãos são encorajados a envolverem-se em ciência. É tão simples como partilhar necessidades, prioridades e preferências.

As organizações internacionais recomendam este modelo de investigação colaborativo, com o objetivo de melhorar os resultados. Estamos certos de que a nossa investigação tem mais valor porque inclui as preocupações de doentes, profissionais e utilizadores.

Faça parte desta iniciativa e influencie a investigação que fazemos. Molde as tecnologias e os serviços tecnológicos que vai utilizar. A sua opinião é importante. Para participar voluntariamente em investigação, preencha o formulário de contacto.

3000 sessões de investigação e teste com utilizadores

Estamos felizes por ter chegado ao objetivo de 3000 sessões de investigação e teste com utilizadores!

Nos últimos 7 anos e meio, o COLABORAR suportou 3000 atividades de investigação e teste com utilizadores. Recolha de requisitos, entrevistas, diários, testes de protótipos, classificação de cartões, grupos focais, testes de usabilidade presenciais, questionários e estudos-piloto são as atividades realizadas.

A equipa do COLABORAR não poderia estar mais satisfeita. Durante este tempo, aprendemos muitas coisas relacionadas com o recrutamento de pessoas para investigação e teste, assim como sobre a realização de atividades de investigação com utilizadores. Para os próximos anos, esperamos duplicar este número!

Recolha de dados para desenvolvimento de aplicação móvel para psicólogos

Os psicólogos habitualmente recolhem e analisam grandes quantidades de dados dos doentes na sua prática clínica. No Fraunhofer Portugal AICOS, um estudante de engenharia está a desenvolver uma aplicação móvel para apoiar o trabalho de psicólogos.

Sessenta voluntários do COLABORAR deram um importante contributo para a ciência ao participarem numa sessão com um psicólogo. O psicólogo, também voluntário, aplicou alguns métodos e instrumentos para avaliar cada indivíduo.

O estudo recebeu aprovação de uma comissão de ética independente. No final do estudo, os participantes irão receber um relatório individualizado elaborado pelo psicólogo. Muito obrigado a todos os participantes pela gentileza de participarem em investigação! O vosso contributo acrescenta valor à tecnologia, pois são usados dados reais no seu desenvolvimento.